CADA PESSOA É ÚNICA, ESPECIAL E MERECE RESPEITO!
DESENHOS CRIADOS POR ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE ESTADUAL DE ENSINO:
ROTEIRO DE ENTREVISTA II
Profissional:
Lidiane Carolina Moreira
Escola Estadual Professor Raymundo Cândido
Faixa
etária: Ensino fundamental e
Ensino médio – 11 aos 18 anos de idade aproximadamente.
Você
profissional que já trabalhou ou trabalha com alguma criança com algum tipo de
deficiência física ou mental, acredita que é importante inserir estas crianças
na turma de crianças ditas “normais”? Por quê?
Sim, trabalho e já trabalhei com alunos que
tem deficiência física e outros com deficiência mental.
Sim, É importante pessoas com necessidades
especiais estarem inseridas no ambiente escolar. Essa socialização é tão
importante para o aluno com necessidades especiais quanto para os outros alunos
sem deficiência, porque essa convivência possibilita o crescimento humano em
saber lidar com as diferenças.
Descreva
os tipos de deficiências que já trabalhou?
Trabalhei com alunos com baixa visão
(dificuldade de enxergar), então era necessário ampliar os textos e escrever
com letra maior no quadro para eles. Alunos em cadeira de rodas, porque seus
ossos vão atrofiando cada vez mais, são dois irmãos, inteligentes e talentosos,
com uma doença genética que causa essa atrofia dos ossos
Também alunos com deficiência mental, que não
sei o diagnóstico certo, mas apresenta bastante dificuldade de aprendizagem e
entendimento.
A escola em sua estrutura física dificultou a
inserção deste aluno? Em quais aspectos, descreva abaixo:
Na estrutura física, no que diz respeito à locomoção, não há
dificuldades. A Escola Raymundo tem a rampa de acesso para os cadeirantes e
banheiro adaptado. E todo ano contratam um professor de apoio para acompanhar,
ajudar e ensinar os alunos com necessidades especiais.
Os
demais alunos aceitam com facilidade a convivência e a amizade com um colega,
por ele ser diferente? Como reage?
Isso depende muito da faixa etária dos alunos
e do comportamento do próprio aluno com deficiência.
Geralmente quando aluno de inclusão possui
comportamento agressivo os alunos sem deficiência também respondem com
agressividade, seja ela física ou verbal, principalmente nas turmas de 6º ano,
alunos com a faixa etária menor, pois tem dificuldades de entender a diferença
e necessidade especial do aluno de inclusão. Em contra partida, quando eles
percebem essa diferença, estabelecem uma relação de amizade, generosidade,
carinho e atenção especial a esse aluno.
Você no
papel de profissional da educação ao avaliar esta criança especial, pode
afirmar que ele ou ela desenvolveu positivamente seus conhecimentos
intelectuais, motores e sociais de acordo com o planejamento anual proposto?
De acordo com o planejamento anual proposto,
em relação ao aluno que possui somente deficiência física é possível sim
desenvolver seus conhecimentos intelectuais e sociais. E nesta escola temos o
exemplo de um aluno que se desenvolveu até de forma motora, ele não sabia andar
e um professor de Educação Física conseguiu ajudá-lo. Hoje ele anda com um
pouco de dificuldade, mas anda bem.
Mas para os alunos com deficiência mental é
praticamente impossível acompanhar o planejamento anual proposto. Preparamos
atividades dentro das suas limitações cognitivas, tentando ensinar pelo menos o
básico: ler e escrever, e fazer contas simples.
PARTE 2